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PIOR ATAQUE DA HISTÓRIA
Ataque em boate gay deixa 50 mortos em Orlando, nos EUA

Data da notícia: 2016-06-13 10:28:58
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Autoridades de Orlando, nos EUA, afirmaram neste domingo (12/06) que 50 pessoas morreram e outras 53 ficaram feridas no ataque a uma boate voltada ao público LGBT.
O número de mortos faz do ato o pior ataque a tiros da história dos Estados Unidos. O último com proporções comparáveis foi o massacre de 2007 na universidade Virginia Tech, que deixou 32 mortos, segundo a Reuters. Este é o pior massacre terrorista em solo americano, depois do 11 de setembro.

Segundo informações do g1, ao lado de representantes da polícia local, do FBI e de um líder muçulmano, o prefeito da cidade, Buddy Dayer, lamentou dar a notícia de que o número de mortos na casa noturna Pulse era maior que o estimado anteriormente. "Há sangue por todo lado", disse. O atirador morreu durante a troca de tiros com a polícia. O FBI confirmou a identidade do suspeito: Omar Saddiqui Mateen. Ele tinha 29 anos e era um cidadão norte-americano, filho de pais afegãos.

De acordo com as autoridades, na última semana, o suspeito comprou legalmente duas armas de fogo ? uma pistola e uma arma de cano longo. O agente do FBI Ronald Hopper disse em coletiva de imprensa ter recebido informações de que, antes do ataque, Mateen ligou para o número de emergência 911 e disse ser leal aoEstado Islâmico. O suspeito já havia sido investigado porque havia citado possíveis ligações com terroristas a colegas de trabalho. Ele foi interrogado pelo FBI em duas ocasiões. A ex-mulher de Mateen disse ao "Washington Post" que ele era violento, mentalmente instável e batia nela constantemente enquanto eles eram casados. Os dois ficaram juntos por quatro meses e não se falavam há mais de sete anos.

Possível terrorismo

Segundo o presidente Barack Obama, tratou-se de "um ato de terror e ódio". Ele disse que o FBI investiga o caso como terrorismo, mas reforçou que as motivações do atirador ainda não estão claras. O FBI trata o massacre como um possível ataque terrorista doméstico, considerando que o suspeito poderia ter "inclinação" pelo terrorismo islâmico. O governador da Flórida, Rick Scott, disse que, pelo número de vítimas, o ataque é "claramente um ato de terror".

Ataque a boate

A polícia de Orlando informou que foi chamada por volta das 2h (3h de Brasília) e, quando agentes chegaram à boate Pulse, houve troca de tiros do lado de fora e o atirador voltou para dentro e fez reféns por algumas horas. "Às... 5h da manhã, foi tomada a decisão de resgatar as vítimas mantidas reféns dentro do local. Nossos policiais trocaram tiros com o suspeito. O suspeito está morto", disse o chefe de polícia de Orlando, John Mina. Para entrar na casa noturna, a polícia realizou uma "explosão controlada" com ajuda de uma equipe da Swat. Ao menos um policial ficou ferido na troca de tiros com o agressor, mas a ação da polícia salvou ao menos 30 vidas, disse Mina.

Não ficou claro quando as vítimas dentro do clube morreram, se foi antes, durante a tomada de reféns ou no confronto entre o atirador e a polícia. O suspeito portava um rifle um rifle AR calibre .223 e uma pistola 9mm semiautomática, além de um "dispositivo suspeito" não identificado nele. O Corpo de Bombeiros deslocou uma equipe de desativação de artefatos explosivos, indicou o jornal local "Orlando Sentinel".

A boate Pulse é uma das casas noturnas mais emblemáticas da causa da comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) na Flórida e nos Estados Unidos. O estabelecimento foi fundado em 2004 e faz parte de uma rede comunitária dinâmica na Flórida para "despertar as consciências" sobre a homossexualidade nos Estados Unidos e no mundo.

Relatos da Pulse

"Por volta das 2h, alguém começou a atirar. As pessoas se jogaram no chão", contou um dos frequentadores, Ricardo Negron, à "Sky News". A testemunha disse ter ouvido disparos contínuos por quase um minuto, embora tenha parecido muito mais. "Havia sangue por toda a parte", disse outra testemunha. Javier Antonetti, de 53 anos, disse ao jornal Orlando Sentinel que estava perto da parte dos fundos da boate quando ouviu tiros. "Houve tantos (tiros), ao menos 40", disse.

Rosie Feba estava com uma amiga quando os disparos começaram. "Ela me disse que alguém estava atirando. Todo mundo se jogou no chão", contou ao jornal "Orlando Sentinel". "Disse a ela que não acreditava, achei que fosse parte da música, até que vi fogo saindo da arma." A boate Pulse, que se apresenta em seu site como "o bar gay mais quente de Orlando", publicou no Facebook uma última mensagem urgente: "Todos saiam da Pulse e continuem correndo". "Assim que tivermos informações, os atualizaremos. Por favor, tenham todos em suas orações enquanto enfrentamos este trágico evento. Obrigada por seus pensamentos e amor", acrescentou o clube em outra mensagem. Com informações do G1.

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